
Para Benjamin as pessoas não sabem mais ter experiências coletivas (do alemão Erfahrung). Apenas o individual é possível, apenas a vivência individual (do alemão Erlebnis). Isso coincide com a decadência da figura do ancião. Os conselhos do velho agora não são mais interiorizados. A perspectiva de uma morte próxima não traz legitimidade ao que está sendo passado.
Para entendermos, um ótimo exemplo é Buenos Aires: um povo altamente politizado. Que se une para fazer passeata, bater panela. Um povo que criou todo um sistema de política que permite essa politização e participação comunitária. No entanto, as pessoas não se olham na cara.

Um lugar com tanta gente que parece tão solitário. Pessoas conversando sem falar. Ouvindo sem escutar. Uma falta de social que somada a falta de missão e noção dentro de um mundo que construímos para nós mesmos pode ser fatal. E quando é nós a batizamos de pós-moderna.
O que acompanha a criação do jornal, que servia para que o Bonjour não fosse desperdiçado com todo mundo no metro parisiense. Acompanha ainda, em 2010, um vendedor dizer "Bom dia" e você o responde com a quantidade de produto que quer.
A música de Simon & Garfunkel, Sons do/e Silêncio expressa essa falta de Erfahrung. Tudo isso por uma mudança de tato com a Morte.
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