quinta-feira, 8 de julho de 2010

Marxista não, por quê sim?!

Muitas ciências, incluindo aí História e Relações Internacionais, pelo menos, tem uma tal de linha marxista.
A linha marxista ganha uma bala quem adivinhou é uma linha de interpretação do mundo (ou da História no caso) baseada na visão exposta pelo alemão Karl Marx e seu namorado como diz a lenda colega Engels em toda a sua obra. Claro ninguém lembra dele como um machista ou miserável, mas sim como o grande pensador que mobilizou partidos comunistas por toda a Europa.
Qual é a visão do mundo então? Que a História é definida pela constante luta de classes. Interessantíssimo de ler (sério, e importante também).
Essa visão domina as salas de aulas hoje em dia. Quem aqui nunca desenhou uma pirâmide de classes na escola? Os livros didáticos, em sua grande maioria, apresentam um cunho marxista.
A parte das Relações Internacionais chamada de corrente marxista ou radical é aquela que traz como visão do panorama internacional não os interesses das nações como movimentadores do sistema, e sim as instituições e ideologias, que não reconhecem os limites políticos como fronteiras.
Lenin é a grande base da corrente internacionalista marxista que nega tanto à corrente idealista (que crê em uma ordem acima dos interesses dos países como o Direito Internacional ou a própria ONU) e a realista (que crê no poder individual das grandes potências como o poder maior na "comunidade internacional"). Resumidamente, claro.
Mas, voltando a História, a linha marxista tem concorrentes fortes como a Nova História, onde a revolução (o resultado e a parte mais importante de um período na corrente marxista) não passa de um evento dentro de um grande panorama. O importante para a História Nova (olha Marc Bloch aí gente) não se resume na revolução e nas suas causas, mas tudo antes e depois disso.
A história Marxista acaba por se definir como a história da política, e a História Nova, a história da humanidade.

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