Com o advento da escrita, estudos filológicos são apresentados por Le Goff para com os conceitos de memória desde os gregos até a Idade Moderna.
Le Goff medievalista, caracteriza como memória escrita, a cultura medieval ocidental.
Há uma idéia explorada sobre a mnemotécnica e seus avanços através do tempo. A mnemotécnica são técnicas e estudos sobre e como melhorar a memória que sempre foi sinal de inteligência. A idéia de capacidade intelectual sempre foi vinculada, desde a Antiguidade, com a capacidade de memorizar do individuo.
Pitágoras, afirma Le Goff , era tão inteligente que lembrava até da sua vida passada eu quero puxar cadeira de mestrado só pra ficar sabendo dessa história.
A mnemotécnica estuda, portanto, as raízes da memória no ser humano e como maximizá-la. A mnemotécnica tem um pé no ocultismo, porque atribuíam origens místicas a memória. Alguns teóricos citados por Le Goff foram perseguidos por seus estudos.
No entanto, a memória coletiva se apega também a religião católica. Le Goff dá alguns exemplos bíblicos para acreditarmos que o ensino católico é a preservação da memória e o culto cristão é comemoração. Portanto, os hereges e os católicos se enlaçaram tanto quanto a História e a Memória.
A idéia da mnemotécnica como capacidade intelectual nunca foi totalmente exterminada até hoje temos apostilas para melhorar a memória, etc... mas ela saiu do foco com o advento da massificação da escrita, até então, quase-monopólio da Igreja.
Com o advento da imprensa, o saber passa a ser impresso e presente. É só consultar um livro, e pronto, lá esta o que precisas.
Artigos científicos são impressos e o leitor pode compartilhar descobertas contemporâneas. Científicamente um avanço enorme. Até então, a linha de divisão entre memória escrita e oral era muito sutil.
E a imprensa traz muito mais do que folhas para a memória coletiva.
*= frase tirada da missa pra quem nunca assistiu uma ou não se lembra...
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