Le Goff escreve que os computadores permitem um acúmulo nunca visto antes de memória e conhecimento e que a facilidade de acesso é inédita também.
A partir disso, a "memória eletrônica" é a primeira a permitir que a memória individual exista também. É claro que ela sempre existiu, mas se tratavam de figuras importantíssimas que influíram no coletivo.
Agora todos podem entrar para a História. Lembrando que a História é escrita a partir do interesse do historiador, podemos corrigir a frase anterior de minha autora, porque o Le Goff nunca erra e troca-la por: agora, qualquer um pode registrar sua memória na memória coletiva.
Enquanto o coletivismo memorial levou a conseqüências catastróficas, a transmissão eletrônica permite a lembrança e a humanização do individual. Tem gente que afirma que nos tornaremos números "você é só mais um no orkut", por exemplo.
No entanto, esse mais um vai ser diferente do outro um, nem que seja por algumas fotos e uma descrição do "quem sou eu" original.
O sentimento nacionalista morre, eis a chance do sentimento global com a valorização do individual sem estereótipos.que puta conclusão de menininha
E sobre o acúmulo de memória em pequenos aparelhos eu comecei a lembrar dos holokrons do Star Wars (há! Eu tinha que falar disso). Onde pequena caixas trazem registros de povos e populações inteiras e eles se lançam em combate para te-las.
Le Goff é incentivador da informação digital e, por tabela, da popularização do conhecimento, que nunca podemos esquecer que é o objetivo desse blog: popularização e democratização do conhecimento histórico.
Uau! Esse post foi incrível! Sem mais.
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