Há certos cenários que povoam nosso imaginário acerca do mundo medieval.
A questão feudal, como se de repente, o império romano ruiu e do dia para a noite o cidadão era servo e seu senhor agora era um cavaleiro e não mais um imperador.
No entanto, o único jeito da Idade Média ser a Idade das Trevas é não estudando-a.
Para a gente estudar melhor, Le Goff escreve um texto de simples compreensão chamado a Civilização do Ocidente Medieval, em forma de prosa sem um rigor que se ele não fosse O LE GOFF sem dúvida seria criticado bastante.
Existe uma idéia pouco ensinada nas escolas da re-significação do império. Durante a idade média, ao menos até Otão III, houve uma busca de ressurgimento do império romano.
Após a queda do império romano houve sim uma descentralização. Tal descentralização foi substituída pelo reinado dos francos com a dinastia carolíngia (751-987).
Carlos Magno (747-814), descendente hierárquico do convertido ao catolicismo em 496, Clóvis, recebeu o título de imperador dos romanos pelo papa em 800.
Carlos expande esse território para a Germânia (que seria a Francia oriental), já possuía a maior parte de França atual, um pouco da península ibérica e conquistou a Itália.
Carlos Magno foi proclamado imperador por três motivos:
1 - O papa necessitava de um protetor.
2 - O papa necessitava de alguém que legitimasse os Estados Pontifícios (isto é, do pontífice, do papa).
3 - O papa queria estender seu poder até a igreja oriental e acabar com a questão iconoplasta
Isso mostra que o papa queria e incentivava Magno a atacar o império romano do oriente. Carlos assim o fez, no entanto, apenas para que seu título de imperador fosse reconhecido e que o jeito que ele denominava o imperador bizantino permanecesse (isto é basileus, o mesmo modo que aparece na Odisséia para pequenos reis, lembrando nosso post sobre o anacronismo homérico).
O título de imperador lhe foi reconhecido por Bizâncio em 1812.
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