A história como "nós conhecemos" começou no século XIX. Na Alemanhã, Ranke começa a partir da história a formar uma identidade alemã. Para ele, nós só poderíamos entender os sentidos e o peso de uma história ao analisarmos o todo factual.
O passado estaria vivo nos documentos escritos que sobreviveram ao tempo. A "interpretação" do historiador deveria ser pragmática e concreta. Apenas o fato descrito aconteceu. Hipóteses e, principalmente, outras fontes senão os documentos oficiais não seriam permitidos. Essa "escola metódica" já caiu por terra a um bom tempo. Sua importância está no fato de ter dado origem a História Científica.
Já o Foucault (leia-se "Fu-cô") vai atingir seu auge no século XX. O que ele traz? Para Foucault tudo é uma construção. Construção no sentido de as únicas coisas inerentes aos seres humanos são suas necessidades fisiológicas (todas as três). Todo o resto pode e é apreendido dentro de uma lógica construída. Juntando história e psicanálise, Foucault vai analisar desde as maneiras de se tratar um indivíduo criminoso ao longo dos séculos, sexualidade e loucura.
Dentro da análise de textos, Foucault vai extrair as diferenças que existem entre essas lógicas de pensar de temporalidades diferentes. Foucault analisa a micro-física do poder. Quem tem poder em determinada época? O que é esse poder? Qual o discurso que permite àquele indivíduo ou grupo de indivíduos terem esse poder?
Foucault analisa discursos dentro de sua lógica. O primeiro positivista e o primeiro historiador não-anacrônico de verdade. O primeiro positivista, segundo Paul Veyne, porque ele vai analisar um discurso dentro do "discurso oficial" de determinada sociedade em determinada temporalidade. Enquanto todo mundo se esguelava berrando viva o socialismo, Foucault mostra que a história não se resume a uma luta entre classes, mas vai além disso. Nosso mundo é muito complexo para ser resumido entre mocinhos pobres versus Dracos Malfoy.
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